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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

* MAL DA POSTURA....



Revista SOBC 2000
O mal da postura é uma doença que atinge as fêmeas no curso da reprodução. Ela se origina na dificuldade de por os ovos: a fêmea fica inquieta, se desgasta em vãs esforços, não se alimenta suficientemente, fica no ninho ou, mais freqüentemente, no fundo da gaiola. São atitudes: plumagem fofa, asas pendentes, olhos semi-fechados, que exprimem a gravidade de seu estado.
Além do enfraquecimento provocado pelo mal da postura, distúrbios gerais aparecem devidos à compressão de órgãos vizinhos e dos vasos sanguíneos pelo ovo insinuado no ovioduto. A postura do ovo libera a fêmea da sua angústia e dos seus distúrbios: ela se recupera rapidamente. Porém, o mais freqüente, se não se intervém, é a morte.
O mal da postura se manifesta geralmente após o término do ninho quando a postura tarda a se produzir. E é mais freqüente nas fêmeas mais jovens ou mais idosas, sendo favorecido por uma carência mineral e também por uma temperatura bem baixa. Pode-se então preveni-lo por uma boa escolha das fêmeas, por um aporte mineral (osso de siba, farinha de ostras, areia de rio, bloco mineral do comércio) e evitando-se as baixas temperaturas, o que não é raro no caso de pequenos exóticos se reproduzindo justamente no nosso inverno.
Na luta contra o mal da postura, elevando-se nitidamente a temperatura do criadouro, dando-se uma alimentação rica em óligo, elementos e em vitaminas, se favorece a evacuação do ovo, Para isso se exerce uma pressão nela, mantendo-a sobre o vapor de água fervente. A observação da fêmea que morreu depois do mal da postura mostra que o ovo pode ser reabsorvido e desaparece pouco a pouco, mas uma intoxicação pode se produzir levando à morte da fêmea, nos dias seguintes, justamente quando ela parece se restabelecer.
Quando o ovo está presente e a ponto de ser posto, uma gota de óleo na cloaca pode favorecer sua expulsão. Em outros casos esta prática parece não apresentar nenhum interesse.
Observações feitas sobre o diamante mandarim mostram que uma fêmea apresentando alguns sinais do mal da postura pode se recuperar bem rapidamente quando se separa do macho ou quando coloca-se em uma gaiola uma lâmpada acesa, permitindo o aquecimento. Esta separação freqüentemente revela-se suficiente. Se a separação influir na atitude da fêmea que revela o mal da postura, a melhora é obtida nas três horas seguintes.
Pode-se então pensar que a presença do macho (tanto como aquela do ninho) tem um efeito ativador sobre a postura. Pela sua presença, o macho exerce uma pressão sobre a fêmea que a incita a por, mesmo que não esteja psicologicamente pronta. Embora algumas violências não sejam observadas, “a fêmea se sente culpada” se não põe. Chamamos de “pressão sexual” a influência do macho. E é provável que ela seja exercida por via hormonal: a visão do macho, a presença do ninho, exercitam uma secreção hipofisária desencadeando o mecanismo da postura. A debilitação de algum dos elementos necessários .