POR -Fernando Antonio Bretãs Viana
Revista Brasil Ornitológico nº 36.
O Lizard é um canário que desafia as leis da genética, pois toda a previsão feita durante o acasalamento com freqüência resulta em nada. Entretanto, alguns pontos importantes devem ser observados para uma melhor criação:
Ø Cruzar sempre fundo intenso com nevado. O cruzamento entre dois pássaros determina o nascimento de filhotes com excesso de marcação branca nas bordas das penas e lipocromo ruim.
Ø Pássaros de fundo branco devem ser preferivelmente cruzados com intensos, resultando em filhotes intensos de fundo branco. Em termos de concurso, estes canários são mais valorizados, por sua melhor marcação e pouca feomelanina.
Ø Evitar o cruzamento de brancos com nevados que sejam filhos de branco. O uso constante de pássaros de fundo branco no plantel na maioria das vezes leva ao aparecimento de aves com excesso de marcação branca nas bordas das penas, nevadismo ruim e marcação deficiente.
Ø Jamais cruzar dois exemplares de cúpula perfeita entre si, pois há a possibilidade do nascimento de filhotes com cúpula excessiva, descendo além da nuca. O ideal é cruzar um pássaro de cúpula pequena com um de cúpula perfeita.
Ø Pássaros sem cúpula devem ser cruzados entre si.
Ø Não usar nunca na reprodução aves de unhas claras ou penas lipocrômicas fora da cúpula, pois embora estas características sejam recessivas, aparecendo futuramente no plantel, arruinando todo um trabalho de seleção.
Ø Todo Lizard de mais de um ano de idade tem um certo grau de despigmentação nas bordas das penas. Entretanto, devem ser descartados aqueles cuja despigmentação seja excessiva.
Ø Como todo canário oxidado, os filhotes devem receber o máximo de sol possível, para aumentar esta oxidação.
Ø Para a obtenção do Lizard de fundo vermelho, usar bons exemplares de cobre. O resultado deste cruzamento será aves com o fenótipo dos canários cobre que, cruzados entre si, produzirão 25% de Lizard com fator.